Poderia escrever sobre a morte de Dona Marisa, sobre os escândalos de corrupção cujo alto escalão do Partido dos Trabalhadores e de quase todos os outros partidos estão implicados. Entretanto, não seria correta uma negativa à expressão de algo que tanto tenho pensado nos últimos dias: Lula pode vir com tudo em 2018. E vir com tudo significa ser candidato, ter lugar marcado no segundo turno e, possivelmente, ser o preferido.
Diferentemente de Lula, nomes como Bolsonaro e Marina Silva podem não agregar qualquer apoio dos partidos mais tradicionais, que são os mais fortes. Ele ainda possui o apoio incondicional de pelo menos 20% dos parlamentares, além do respeito da grande maioria de políticos oportunistas que ora prefere uma aliança PMDB-PSDB “para estancar a sangria”.
Falando nessa aliança, até quando permanecerá firme?! E separados, no cenário que, hoje, prevemos para 2018, que força teria o PMDB e o PSDB?! Posso estar errado, mas é possível e provável que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha força surpreendente para as eleições de 2018.
Deixo claro: não digo isso por ser o meu preferido, pois não é, está muito longe disso. Apenas cogito a possibilidade de que Lula tenha condições reais de cumprir com a promessa que fez na despedida à Dona Marisa, que morreu em meio ao ódio e desrespeito para com a sua pessoa.
“(…) Tenho 71 anos. Eu vou viver muito porque eu quero provar que os facínoras que levantaram leviandades contra a Marisa tenham, um dia, a humildade de pedir desculpas a ela.” Lula.