Todo o poder emana do povo e, mais próximo estejam os que governam dos que são governados, mais legítimo será esse poder. Mais horizontal seja essa relação de representante-representado, mais democrático será um governo. São premissas bonitas? Certamente. Prometidas? Eternamente. E realizadas?! Nem sempre.
Em meio às crises que nos abatem, indispor-se a ouvir o que os cidadãos comuns têm a dizer é o que pode haver de mais perverso. Não é com autoritarismo, falta de transparência ou retrocessos que se governa numa crise, mas com radicalização democrática, quando se devolve aos mandantes (quem manda! – o povo) a faculdade de dizer o que querem e, em meio à escassez de recursos, eleger-se as ações e serviços que sejam prioritários.
Nesse contexto, minha terra jamais precisou tanto de uma afirmativa como esta: Boca da Mata precisa ser governada de frente para a sociedade. Com orçamento participativo, transparência de gestão, audiências públicas, respeito ao servidor público e portas abertas dos gestores para atender aos clamores da população em geral. Atenção às minorias, cuidado com o público marginalizado.