Estudo divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), no dia 29 de junho, mostra o aumento da pobreza no Brasil. Pela classificação, mais da metade da população dos estados do Maranhão (57,90%), Amazonas (51,42%), Alagoas (50,36%) e Pernambuco está na pobreza.
Segundo a fundação, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita até 497 reais mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país. O número da Pobreza no Brasil em 2021 corresponde a 9,6 milhões a mais que 2019, quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia.
Levantamento da pobreza no Brasil
De acordo com a FGV, a unidade da Federação com menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina (10,16%) e aquela com a maior proporção de pobres foi o Maranhão com 57,90%.
Para o levantamento, a fundação considerou que estão em situação de pobreza aqueles que vivem com menos de R$ 497 per capita por mês, considerando preços do quarto trimestre de 2021, ou U$ 5,50 por dia.
Pelo menos 14 estados registraram que mais da metade da população está na pobreza: Sergipe (48,17%), Bahia (47,33%), Paraíba (47,18%), Pará (46,85%), Amapá (46,80%), Roraima (46,16%), Ceará (45,89%), Piauí (45,81%), Acre (45,53%) e Rio Grande do Norte (42,86%).
Outros Estados tiveram ampliação expressiva da parcela de pobres na população: Rondônia (25,19% para 31,65%), Espírito Santo (21,38% para 27,30%), Bahia (42,43% para 47,33%) e Minas Gerais (20,94% para 25,25%).
As únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (34,54% para 33,59%) e Piauí (45,84% para 45,81%).
“Hoje, temos 23,3 milhões de pessoas — mais do que a população do Chile — vivendo abaixo da linha de pobreza de R$ 232 por mês; cerca de 11,2% da nossa população. A miséria subiu 33% nos últimos 4 anos. Foram 6,3 milhões de novos pobres, segundo pesquisa saindo do forno de Marcelo Neri, da FGV Social.”
Mapa da Nova Pobreza no Brasil
- Maranhão 57,90%
- Amazonas 51,42%
- Alagoas 50,36%
- Pernambuco 50,32%
- Sergipe 48,17%
- Bahia 47,33%
- Paraíba 47,18%
- Belém 46,85%
- Amapá 46,80%
- Roraima 46,16%
- Ceará 45,89%
- Piauí 45,81%
- Acre 45,53%
- Rio Grande do Norte 42,86%
- Tocantins 33,59%
- Rondônia 31,65%
- Espírito Santo 27,20%
- Minas Gerais 25,25%
- Rio de Janeiro 22,81%
- Goiás 22,52%
- Mato Grosso do Sul 20,95%
- Mato Grosso 20,24%
- São Paulo 17,85%
- Paraná 17,60%
- Distrito Federal 15,70%
- Rio Grande do Sul 13,53%
- Santa Catarina 10,16%