Bando que matou, esquartejou e enterrou jovem é condenado a mais de 100 anos de prisão

Por: MP/AL  Data: 29/04/2022 às 16:29

Com todas as qualificadoras pedidas pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), Clécio Gomes Barbosa, vulgo “Orelha”, Elton Jhon Bento da Silva, Jullyana Karla Soares da Costa, Maria Mariá Araújo Epifânio Silva Alves e Lady Laura Rodrigues Paulino foram condenados pelo bárbaro assassinato de Joyce da Silva Alves morta em 2019, no conjunto Village Campestre, em Maceió.

As penas somadas dos condenados ultrapassam mais de cem anos de prisão, todas em regime fechado e sendo a menor de Lady Laura, dois anos e um mês de prisão. O júri foi presidido pelo juiz Filipe Munguba.

Os promotores de Justiça Dênis Guimarães e Thiago Riff saíram do júri certos de que a justiça foi feita para a família de Joyce e para toda a sociedade alagoana.

“O conselho de sentença foi firme, acatou todos os crimes pedidos pelo Ministério Público e isso significa que a justiça foi feita. Uma resposta para a sociedade que ficou estarrecida com a crueldade, para os pais de Joyce, para a filhinha dela, hoje com dez anos, demais familiares e amigos que estavam consternados durante todo júri. Acreditamos desde o início que o resultado do julgamento não seria diferente”, afirma o promotor Dênis.

“Havia confissão, provas suficientes para a condenação e nossa postura foi a de bater na tecla da crueldade, da frieza com a qual mataram a jovem por motivo torpe, covardemente, após horas de tortura. Eu e o colega Dênis apostamos desde o começo do júri na sensibilidade do conselho de sentença e este entendeu que realmente eles mereciam a condenação e as penas aplicadas por todas as qualificadoras que apontamos”, diz Riff.

Sentença
Clécio Gomes Barbosa, vulgo “Orelha”, apontado como o chefe do grupo, quem determinou a morte de Joyce, teve a maior condenação com 31 anos, um mês e nove dias de prisão por homicídio qualificado, tortura, corrupção de menores e ocultação de cadáver.

Elton John condenado a 26 anos, seis meses e 14 dias de reclusão pelos mesmos crimes que Clécio. Sua esposa, Jullyana Karlla, só não foi condenada por ocultação de cadáver e pegou a 29 anos, 02 meses e 06 dias de reclusão.

Maria Mariá foi condenada a 22 anos, 06 meses e 25 dias de prisão, de todas as qualificadoras só não foi responsabilizada também pela ocultação de cadáver. E Lady Laura, teve a menor pena de todas porque não foi ao local do crime, logo não participou da execução de Joyce, mas da tortura. Sua condenação foi de dois anos 02 anos e nove meses de reclusão.

Como já cumpriu seis meses de prisão e estava com uso de tornozeleira, Maria Mariá ficará em liberdade.