A operadora de satélites Maxar divulgou imagens tiradas da cidade de Mariupol, Ucrânia, antes e depois de um bombardeio por aviões russos na última quarta-feira. As imagens revelam danos severos a apartamentos, casas, lojas e outras estruturas civis.
Pelas fotos, é possível ver como quase todos os edifícios perdem o telhado, e as ruas se tornam um lamaçal destruído. Fumaça também é visível na maioria delas.
Mariupol fica no sudeste da Ucrânia, área altamente contestada na guerra, e está sob cerco e bombardeio russo. Seus habitantes encontram-se isolados e sob risco de morte em massa por frio e fome. As fotos de satélite antes do bombardeio foram tiradas em 21 de junho do ano passado, as de depois, em 9 de março agora.
Na última quarta-feira, uma maternidade destruída na cidade tomou as notícias, com o próprio presidente ucraniano Volodymyr Zeleski postando as cenas em inglês e exigindo o bloqueio aéreo pela OTAN: “Por quanto tempo mais o mundo continuará a ser um cúmplice, ignorando o terror? Fechem os céus agora! Parem a matança! Vocês tem poder mas parecem estar perdendo a humanidade.”
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro último, alegando estar numa operação de “desmilitarização” para proteger os russos étnicos que vivem no país de supostos ataques do governo ucraniano. Bombardeios russos tem atingido estruturas civis pelo país todo. A real razão, a maioria dos analistas acredita, é para evitar que a Ucrânia se filie à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar dos países ocidentais, e instalar um governo marionete.
Mais de 2 milhões de ucranianos até agora já fugiram do país. A estimativa é que, até agora, a guerra tenha causado a morte de 3 mil soldados russos e um número similar de civis ucranianos.