O presidente Jair Bolsonaro fará uma reunião com ministros e auxiliares para tentar encontrar uma saída para a disparada no preço dos combustíveis. A crise, que já afeta os bolsos dos brasileiros há algum tempo, foi agravada ainda mais com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
As decisões tomadas na terça-feira (8) tanto pelos países do bloco ocidental quanto pela própria Rússia no sentido de reduzir a compra de produtos russos – entre eles gás e derivados de petróleo – deve fazer o preço subir ainda mais. Na terça-feira (8), o preço do barril de petróleo Brent fechou o dia a US$ 127,98 o barril, alta de 3,9%. Desde o início dos conflitos na Europa, o preço já aumentou mais de 30%.
A reunião começa às 11h no Palácio do Planalto. De acordo com a agenda divulgada, estarão presentes, além de Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira; o ministro da Economia, Paulo Guedes; o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Ontem, em almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, as chances de aprovação dos dois projetos foram avaliadas. O Congresso em Foco acompanhou o almoço. Os parlamentares já não têm muitas dúvidas quanto à aprovação do PLP 11, que estabelece uma alíquota única para a cobrança do ICMS, à qual os estados poderiam aderir imediatamente ou numa transição até o final do ano. Mas ainda tinham dúvidas quanto ao PL 1472, que cria um fundo de estabilização que seria acionado para subsidiar o preço dos combustíveis em momentos de alta maior. O agravamento da crise, porém, poderá fazer com que os dois projetos acabem aprovados.