Extremistas suspeitos de estarem ligados ao ISIS decapitaram um pastor, entregaram sua cabeça decepada à sua esposa e a forçaram a levar a cabeça para a delegacia no sul do país africano de Moçambique.
O crime, reportado pela monitoria de perseguição da International Christian Concern, ocorreu na última quarta-feira e foi cometido por militantes jihadistas, que decapitaram o pastor morador da área de Nova Zambezia, na província de Cabo Delgado.
A identidade da vítima não foi divulgada, porém sua esposa disse à polícia que insurgentes ligados ao Estado Islâmico interceptaram o pastor em um campo, o decapitaram e depois entregaram sua cabeça a ela e ordenaram que ela informasse as autoridades.
Segundo um relatório, no início deste mês, um grupo armado na província de Cabo Delgado chamado Al Sunnah wa Jama’ah, também conhecido como Al-Shabab, havia forçado mulheres e meninas sequestradas a se casarem com seus combatentes.
De acordo com The Christian Post, outras meninas e mulheres foram mantidas em cativeiros e vendidas a combatentes estrangeiros. Algumas foram libertadas depois que suas famílias pagaram um resgate.
O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou, um dia após o assassinato do pastor, que o número de ataques jihadistas havia diminuído este ano depois que Ruanda e países vizinhos ajudaram a combater a insurgência jihadista islâmica radical.
As Nações Unidas estimam que, desde 2017, mais de 745.000 pessoas estão deslocadas internamente em Moçambique devido ao extremismo islâmico.
Moçambique está listado como 45º pior país de perseguição cristã na Lista mundial de observação de 2021 da Open Doors USA, sendo que o relatório de 2021 é a primeira vez que o país é listado na lista anual.