Quando compramos qualquer tipo de produto no supermercado, a expectativa é que eles venham em condições ideais para serem experimentados, tanto em relação à validade quanto à higiene. Porém, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vários desses itens possuem uma certa taxa de tolerância para a presença de coisas bizarras e nojentas, e ao chegarem em nossas casas podem vir com uma surpresa pra lá de desagradável quando forem desembalados.
Confira abaixo alguns dos principais tipos de sujeira que podem ser encontrados em vários produtos de consumo.
1. Pelo de roedores
O conjunto de leis RDC-14 de 2014 decretou que pelo de roedores podem ser encontrados em alguns itens de mercado, mas em níveis “aceitáveis” de tolerância. Produtos com tomate (molhos, purê, polpa, extrato, catchup e outros derivados) podem ter um fragmento de pelo de roedor a cada 100g, enquanto chá de menta ou hortelã e chá de boldo aceitam dois fragmentos em 25g, orégano aceita um fragmento a cada 10g e páprica pode conter onze fragmentos em 25g.
2. Partes de insetos e insetos inteiros
Possivelmente, esse tipo de sujeira é a mais nojenta que é possível encontrar em comidas, e as normas indicam que todos os pedaços de insetos devem ser indicativos de falhas das boas práticas, ou seja, não considerados indicativos de risco. Assim, produtos com tomate podem conter até 10 fragmentos de insetos em 100g, doce em pasta e geleias de frutas aceitam até 25 pedaços em 100g, farinha de trigo pode vir com até 75 fragmentos em 50g e café torrado e moído pode conter até 60 fragmentos em 25g.
Além disso, os níveis de tolerância aprovam insetos inteiros mortos em chá de camomila e chá de menta ou hortelã, com o máximo de cinco animais em cada 25g de produto, e em orégano, que suporta até vinte insetos mortos próprios da cultura em 10g.
3. Areia
Para alimentos industrializados no geral, a Anvisa aprova uma quantidade de até 1,5% de areia em suas composições, já que ingerir essa substância em pequenas quantidades é considerado inofensivo mesmo sem a existência de valores nutricionais.
4. Cinzas insolúveis em ácido
Assim como ocorre com a areia, 1,5% da composição de alimentos industrializados também pode ser preenchida com cinzas insolúveis em ácido. Em alguns casos, a presença dessa substância pode apenas indicar que a amostra é referente a frutos do mar, sendo um resíduo mineral remanescente após o tratamento com ácido clorídrico que é útil para registrar a existência de fragmentos de areia.