Os três foram indiciados pelos crimes de incêndio, dano, associação criminosa e adulteração de veículo
Em nova decisão tomada nesta sexta-feira (6), a Justiça de São Paulo manteve a prisão do ativista Paulo Roberto da Silva Lima, o Galo, pelo incêndio da estátua do Borba Gato na Zona Sul de São Paulo. Outros dois suspeitos tiveram prisão preventiva decretada pelo TJ-SP: Danilo Silva Oliveira, o Biu, de 36 anos; e Thiago Vieira Zem, 35. As informações são do G1 .
Os três já haviam sido indiciados pelo incêndio, no entanto, apenas Galo havia sido preso. Ontem (5), Galo teve a prisão revogada pelo STJ, em Brasília, mas não chegou a ser liberado.
Galo, que assumiu a autoria do incêndio, diz que o ato foi pensado para inciar um debate sobre a existência de estátuas de figuras históricas que, a exemplo do bandeirante Borba Gato, capturaram e escravizaram indígenas e negros.
“Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”, disse o ativista antes da prisão.
Prisão política
A defesa dos suspeitos diz que as prisões têm caráter político e são fundamentadas na “criminalização de movimentos sociais”.
No pedido de habeas corpus enviado ao Superior Tribunal de Justiça e negado no domingo (1º), os advogados alegam que Galo não possui antecedentes criminais, não praticou ações violentas e colaborou com as investigações.